Efeito sanfona: 6 dicas para evitá-lo

11 de setembro de 2019

Hoje, um dos maiores problemas de saúde do mundo é a obesidade. De acordo com o último levantamento oficial feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2008/2009, cerca de 50% dos adultos da região Sudeste estavam acima do peso. No mundo, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, em 2025, cerca de 2,3 bilhões de adultos estarão com sobrepeso. E se já é difícil perder esses quilos extras, mais complicado ainda é manter a conquista.

Em entrevista para o Ig, o médico Cristiano Merheb, especialista em Nutrologia e membro da Associação Brasileira de Nutrologia, explica que o organismo mantém uma espécie de memória metabólica, com a tendência a retornar ao estado anterior. “Após um programa de emagrecimento, a pessoa deve enfrentar um período prolongado (entre dois e três anos) de reeducação alimentar, dando oportunidade ao corpo de esquecer os padrões anteriores para não recuperar o que emagreceu”, diz. Isso, infelizmente, não é o que ocorre na prática.

Em busca de um emagrecimento rápido, muitos recorrem a dietas mirabolantes e sem acompanhamento profissional, esquecendo-se de pensar no que deve ser feito no futuro. Os resultados até podem aparecer rapidamente, mas os efeitos são desastrosos em longo prazo. A consequência mais comum é o chamado efeito sanfona, no qual o corpo recupera rapidamente o peso perdido, gerando riscos para o bom funcionamento do organismo. Esse efeito pode durar semanas, meses ou até anos, mas a única certeza é a de que quanto mais demorada a estabilização corporal, mais a pessoa pode sofrer.

O efeito sanfona costuma ocorrer quando há uma mudança radical na alimentação, em que o corpo costuma reagir de duas formas. Na primeira, ele não entende a situação e começa a armazenar gordura para garantir o bom andamento das funções vitais e da produção de hormônios. Na segunda, a privação de certos grupos de alimentos se torna insustentável após um tempo e, caso a pessoa volte a consumi-los, acaba exagerando e voltando ao peso anterior.

Isso causa efeitos graves, como a elevação da atividade inflamatória no organismo, da pressão arterial e do colesterol. Além disso, pode ocasionar o surgimento da diabetes e de alterações cardiovasculares, sem falar na perda de massa muscular, diminuição da imunidade e prejuízo para o crescimento e o desenvolvimento de jovens – com impactos até mesmo na produção de hormônios.

Como evitar o efeito sanfona?

Um bom processo de emagrecimento envolve a reeducação alimentar, de forma a adequar a rotina às necessidades do corpo. A perda de peso precisa ser gradual, para que o organismo se adapte aos poucos aos novos hábitos. Não é um processo fácil e exige disciplina, mas os resultados são recompensadores. Para te ajudar nesse processo, reunimos seis dicas simples, mas que devem ser seguidas para evitar complicações futuras.

  1. Evite dietas milagrosas:

    Recorrer a cortes de alimentos e jejuns em excesso não é a melhor solução para um emagrecimento saudável. Por mais que a dieta da moda prometa a perda de muitos quilos em pouco tempo, o organismo precisa se sentir bem com a mudança. Isso só é possível com o acompanhamento de um profissional, que saberá identificar quais as melhores opções para o seu estilo de vida e como atingir os seus objetivos sem prejudicar o funcionamento do corpo.

  1. Saiba montar seu prato:

    “Para emagrecer de verdade é preciso comer”, afirma Sophie Deram, doutora pela USP e coach em Nutrição, em entrevista para o Vix. Entender como funciona cada alimento, o papel que ele desempenha na nutrição e como pode ser a combinação é fundamental para uma boa alimentação. Monte seu prato de acordo com a necessidade do seu corpo, evitando repetições e sempre com as opções mais saudáveis que estiverem disponíveis.

  1. Respeite os horários:

    Criar um hábito exige paciência e disciplina. Para o corpo funcionar com regularidade, estabeleça os horários para alimentação e os respeite. Só assim você sentirá uma mudança gradual no ritmo de vida, sem fome em excesso ou com vontade de descontar as frustrações na comida.

  1. Não precisa se regrar tanto, mas controle-se:

    Emagrecer não significa cortar para sempre tudo que você gosta de comer. O segredo é a parcimônia. Incluir doces e frituras é possível, por exemplo, mas precisa ser feito de vez em quando, sempre em pequenas porções. E de nada adianta exagerar em um dia e tentar compensar no outro. O metabolismo não reage bem a esse tipo de comportamento e pode facilitar o efeito sanfona.

  1. Trate o psicológico:

    Descontar frustrações na comida é comum, mas não pode virar um hábito. “Pode até dar um prazer, mas ele acaba logo. E, aí, o problema vai continuar lá, olhando para você”, diz a psicóloga Marilene Naccache, de São Paulo, em entrevista para o Boa Forma. Por isso, buscar ajuda de um profissional da área de Psicologia é também importante. Ele vai te ajudar a entender a fonte da frustração e a controlar a compulsão, eliminando o problema na raiz.

  1. Faça exercícios físicos:

    A reeducação alimentar deve estar sempre associada a uma mudança corporal. Como já falamos em nosso blog, a prática de exercícios físicos traz uma série de benefícios para a saúde, como a melhoria do sistema circulatório e da postura, o controle da hipertensão e da diabetes, e, claro, a perda de gordura.

Conheça o Círculo Militar

Um bom lugar para você começar essa mudança é no Círculo Militar. Localizado na região Centro-Sul de Belo Horizonte, o clube possui um amplo espaço para práticas esportivas e áreas abertas destinadas ao lazer, além de aulas dos mais diversos esportes. Veja os benefícios e seja um sócio!