Importância da vitamina D para o corpo

3 de abril de 2018

Tomar sol não garante apenas um bronzeado no fim do dia, também estimula o corpo a produzir a vitamina D, essencial para manter o bom funcionamento do cérebro e fortificar ossos, dentes e músculos.

Mesmo sendo um país tropical e com sol a maior parte do ano, uma pesquisa divulgada em 2011 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que os brasileiros sofrem com a deficiência de vitamina D. De acordo com os dados apresentados, 99,6% dos homens e 99,2% das mulheres têm um consumo inadequado da substância.

A vitamina D é essencial para regular a absorção de cálcio e fósforo, mantendo o cérebro funcionando bem e fortificando ossos, dentes e músculos – inclusive o coração. Também é um dos principais fatores na prevenção da osteoporose. “Pesquisas recentes apontam que a deficiência de vitamina D também está relacionada a altos níveis de marcadores inflamatórios, aumento da pressão arterial, mais fraturas, obesidade e diabetes. Em crianças, ainda há risco de raquitismo”, conta a nutricionista Myriam Garson em entrevista para a GNT.

Vitamina D x filtro solar

A vitamina D foi descoberta em 1922, mas só na década de 1970 que os pesquisadores descobriram que o organismo poderia sintetizá-la a partir dos raios ultravioletas do tipo B (UVB). Por essas características, ela, na verdade, é um hormônio.

E apesar de estar presente em alguns alimentos, cerca de 90% da quantidade que o corpo necessita vem a partir da exposição à luz solar. “O ideal é tomarmos sol sem filtro solar por pelo menos 20 minutos por dia, preferencialmente no início da manhã e no final da tarde”, explica José Antonio Miguel Marcondes, endocrinologista do Hospital Sírio-Libanês.

Fontes de vitamina D

Além da formação pela exposição com os raios solares, existem alguns alimentos que também são boas fontes de vitamina D. Todos são de origem animal, pois vegetais não conseguem sintetizar tão bem essa substância:

  • Óleo de fígado de bacalhau
  • Salmão
  • Ostras
  • Ovo
  • Sardinha
  • Fígado bovino e de galinha
  • Atum

Os suplementos só devem ser utilizados com recomendação médica e após a constatação da carência dessa substância no organismo – feita via exame de sangue ou de urina. Idosos devem ter atenção redobrada, pois a produção de vitamina D pelo sol é menor nessa faixa etária.

Sinais da deficiência

Por regular diversos sistemas em nosso corpo, não há como determinar um sinal único que demonstre a falta de vitamina D no organismo. Gripes constantes, alterações constantes no humor, falta de concentração, aumento da irritabilidade, alterações no sono e fraqueza constante são apenas alguns dos sintomas que podem surgir. Além disso, existem medicamentos que impactam a absorção e utilização da vitamina, como corticoides e quimioterapia. Bebidas alcoólicas também podem gerar impacto nessa taxa.

Consumo em excesso

Por vias naturais, é impossível consumir mais vitamina D do que o corpo necessita, pois a produção cessa quando não há mais necessidade. Porém quando há ingestão de suplementos, o excesso pode prejudicar os rins, graças ao aumento da absorção de cálcio. Por isso, o consumo da vitamina deve ser feito apenas com acompanhamento médico. “Os sintomas da intoxicação por vitamina D incluem náuseas, sede, fraqueza, nervosismo, aumento da pressão arterial e da vontade de urinar”, indica a nutricionista Myriam Garson.