Raquete que vai de pai para filho

24 de agosto de 2017

Paulo Ernane Davi de Melo, pai do tenista Marcelo Melo, conta como sempre incentivou a prática de esportes em casa.

O tênis sempre esteve presente na vida do mineiro Marcelo Melo, atual campeão de duplas no tradicional torneio de Wimbledon. A quadra era seu parquinho de diversões. Raquetes eram brinquedos de infância. Viu os irmãos mais velhos darem suas primeiras rebatidas, ainda nas competições juvenis. Cresceu e se tornou um dos mais importantes atletas brasileiros da atualidade. Uma história familiar construída com base no esporte e que teve início aqui no Círculo Militar.

“Se é para pegar do início mesmo, ela começa um pouco antes, com meu pai e minha mãe”, corrige Paulo Ernane Davi de Melo, pai do tenista. O início é em Carangola, cidade localizada no leste de Minas Gerais. “Os dois jogavam tênis. Tive a oportunidade de jogar só um ano com meu pai, antes dele morrer. Depois é que viemos para Belo Horizonte”, conta.

Primeiras rebatidas

Na capital, deixou a raquete de lado e calçou as chuteiras. Sem pretensões de ser profissional, só parou de jogar quando uma fratura no joelho, ainda na primeira metade da década de 1970, o afastou dos gramados. Foi quando o tênis voltou à vida de Paulo. Ele resgatou o equipamento deixado pelo pai e levou a esposa, Roxane, e os dois filhos pequenos, Ernane e Daniel, para jogar.

“A gente morava lá pertinho do Círculo Militar, então entrei para fazer alguns esportes. Ficamos uns cinco anos como sócios, meus filhos eram novos ainda”, conta. Foi nas quadras do clube que Ernane, hoje com 43 anos, deu suas primeiras rebatidas. O pai não poupa elogios. “Até os 18, 19 anos, ele foi o melhor dos três, disparado”, revela. Quando migrou para o profissional, porém, os resultados não vieram e ele decidiu seguir outra carreira.

Já Daniel, que também começou a brincar com a raquete no Círculo Militar e hoje está com 40 anos, permanece no esporte. Ele chegou ao 70º lugar no ranking de simples da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) e jogou profissionalmente até os 24 anos, quando uma lesão no joelho o impediu de continuar.

Parceria nas quadras

Desde então, é ele o responsável por orientar o irmão mais novo nos treinamento e nos dias das partidas. “O Daniel e o Marcelo trabalham muito bem em sintonia. O Daniel é muito bom na tática e sabe ler muito bem o irmão, quando ele fica mais nervoso ou em quais pontos precisa melhorar”, conta.

Quando Marcelo Melo estava na idade para dar seus primeiros passos, a família já havia se tornado sócia do Minas Tênis Clube. Essa mudança foi tomada por Paulo e sua esposa, quando buscavam investir ainda mais na carreira dos filhos. “Se eu não acreditasse no potencial deles, teríamos tirado eles das aulas. A gente só gastava dinheiro com viagem e tentativas. Não havia incentivo do governos para os atletas. Então os resultados começaram a aparecer. E como o Daniel foi junto, os dois estavam encaminhados. Ver o Marcelo ganhando Wimbledon foi bom demais.”, diz.

E pensar que tudo isso começou aqui mesmo no Círculo Militar. “Foi o princípio de tudo, quando voltou o gosto pelo tênis”, finaliza Paulo.

Foto: Beto Novaes/EM/D.A Press

Tênis no Círculo Militar

As aulas são realizadas de 2ª a 6ª feira, de manhã, de tarde e de noite.

Para obter mais informações sobre os horários disponíveis e os preços das aulas, você pode entrar em contato com a secretaria do Círculo Militar de Belo Horizonte, pelo telefone (31) 3335-8244.

Você pode também entrar em contato diretamente com o professor Adão Silva, pelo telefone (31) 9 9178-3579.

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